Igualdade e inclusão é um tema cada vez mais debatido e devemos trazer essa discussão para as empresas. A presença feminina nos negócios e na economia no geral, ainda está abaixo dos homens — e esse cenário de termos mais mulheres na liderança deve mudar e está mudando.
Apesar dos preconceitos ainda existentes, as mulheres estão conquistando seu espaço, mas a desigualdade ainda é significativa.
Nesse sentido, pesquisas mostram que 93% das empresas brasileiras possuem pelo menos uma mulher como líder, mas a proporção em cargos de chefia ocupados por mulheres é apenas de 25%.
Ao passo que um estudo da KPMG mostra que 57% das líderes mulheres entrevistadas afirmam ter presenciado no dia a dia o uso de estereótipos e julgamentos quanto ao comportamento, qualificações, problemas de comunicação e assédio sexual.
Aliás, o assédio ainda é um problema alarmante. Mesmo na liderança, cerca de 60% das gerentes e 57% das diretoras afirmam terem sido vítimas de assédio.
Porém, apenas 5% reportam os casos, devido ao senso de impunidade, ineficiência de políticas internas e ao medo de retaliações.
Devido aos preconceitos, muitas mulheres não relatam o ocorrido por sentirem culpa. O resultado: 15% optam por pedir demissão.
Os desafios das mulheres na liderança
Conseguir o cargo de liderança não significa que as mulheres podem ficar tranquilas. Mesmo em posição hierárquica elevada, ainda há preconceitos e diversos desafios pelo fato de serem do sexo feminino.
Em uma pesquisa da Harvard Business Review com 64 mulheres de diferentes países, destaca 4 paradoxos da realidade das lideranças femininas.
Esses paradoxos surgem pelo contraste que há entre o que se espera do comportamento de uma mulher e de um líder.
Nesse sentido, a liderança é vista como uma posição que demanda um comportamento ativo, objetivo. Contudo, mulheres são percebidas como passivas e frágeis.
Por isso, o estudo de Harvard mostra que quando as lideranças femininas adotam a postura de um líder, recebem feedback negativo — mesmo com o projeto sendo um sucesso!
Assim, mesmo uma executiva de RH que teve um projeto com grande sucesso, após ser perseverante, comenta que “recebi feedback que era intimidadora e essas coisas. Eu teria o mesmo feedback se eu fosse um homem?”
Enfim, as mulheres precisam lidar com os desafios de:
- Preconceitos sobre seu comportamento;
- Discriminação por conta da maternidade;
- Abusos no ambiente de trabalho;
- Dupla jornada (profissional e familiar).
Empresas com mulheres líderes possui crescimento de 48% de resultado operacional
Segundo o estudo da McKinsey, quando compara as empresas de uma indústria, aquelas com maior número de mulheres na liderança veem 48% mais resultados operacionais e aumento de 70% no faturamento.
Dessa forma, o perfil feminino nos cargos de chefia são importantes, pois:
- Mulheres costumam dar mais importância para oportunidades e tomam a iniciativa de forma eficiente;
- Possuem melhores habilidades de relacionamento;
- Conseguem desenvolver as pessoas, enquanto constroem ambientes corporativos leves e positivos;
- Visualizam os problemas e suas soluções de forma holística, integrando detalhes com maior velocidade;
- Costumam demonstrar mais facilidade para gerenciar o tempo e tarefas.
Enfim, vemos que mulheres na liderança nas empresas são essenciais para promover um ambiente igualitário e mais produtivo. Na sua empresa, como estão as políticas de diversidade?
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