Reestruturação organizacional: uma saída para solucionar crises

reestruturação organizacional
7 min de leitura direto

O mundo corporativo está sempre em constantes mudanças e novos desafios aparecem diariamente. Nesse contexto, muitas empresas entram em crises internas e a reestruturação organizacional pode ser a saída.

Assim, para recuperar a competitividade, os lucros e os altos níveis de eficiência e produtividade, a reavaliação e mudança da estrutura e rumos de gestão se fazem necessários.

Quer saber mais como funciona esse processo? Então, continue lendo!

O que é reestruturação organizacional?

A reestruturação de uma empresa é um processo coordenado de diversas áreas e níveis hierárquicos com objetivo de reavaliar o desempenho atual. Além disso, a direção dos negócios, os processos, tecnologias, gestão de pessoas entre outros podem ser objetos da reestruturação.

Dessa forma, o que se busca numa reestruturação empresarial é o aumento da eficiência, produtividade e competitividade.

Nesse sentido, quando falamos de reestruturação organizacional estamos referindo ao organograma. Ou seja, nas hierarquias e modelo de organização interna da companhia. Nesse modelo o foco está em enxugar cargos e funções que não agregam para o negócio, de forma que geram mais burocracias e impede da empresa agir com mais rapidez.

A necessidade da reestruturação organizacional pode acontecer por diversos fatores. Como aspectos internos, como a queda de produtividade e atritos, ou externos, por exemplo, as novas demandas de gerações mais novas.

Então, esse processo todo avalia tudo que se relacione com o que precisa ser modificado. Ou seja:

  • Pessoas;
  • Departamentos e cargos;
  • Portfólio de produtos e serviços;
  • Processos internos;
  • Políticas;
  • Espaços físicos e equipamentos;
  • Tecnologia, entre outros.

Os tipos de reestruturação 

Há diversos tipos de reestruturação que a empresa pode fazer. Afinal, quando falamos em reavaliar tudo, não precisa ser da empresa toda, desde a produção até o marketing. Por isso, podemos segmentá-los.

Estratégica

A estratégia de negócios é que dá os rumos a serem seguidos, definindo os objetivos e metas. Porém, essa direção pode não ser a mais adequada ou sua implementação está sendo desastrosa.

Dessa forma, a reavaliação da estratégia buscará rever os fundamentos que baseiam cada decisão. Bem como avaliar os pontos fortes e fracos da empresa e os erros de execução para solucioná-los.

Financeira

As finanças de um negócio é o que permite sua sustentabilidade no longo prazo. Infelizmente ainda podemos encontrar empresas que possui suas finanças e contabilidade sucateadas.

Nesses casos, a reestruturação financeira busca melhorar os processos e garantir o controle. Enquanto isso, há a o cenário em que a empresa possui problemas financeiros, como podemos ver em empresas em recuperação judicial.

Para tanto, essas empresas irão reavaliar todas as dívidas, juros, investimentos, receitas, etc. Buscando primariamente quitar dívidas para normalizar o caixa da empresa.

Mercadológica

Reestruturação mercadológica tem muito a ver com os produtos e serviços ofertadas e posicionamento de marca. Às vezes os produtos estão sendo direcionados para um público que não é um consumidor tão ávido da categoria, ou a linguagem não conecta com eles.

Por exemplo, a Natura ao observar o resultado feito com consultores, clientes e revendedores percebeu que sua marca estava desconectada das tendências de mercado, com o público e seus próprios valores. Após essa constatação, a empresa resgatou seus princípios e agora tem uma marca mais leve, moderna e focada nas riquezas naturais.

Organizacional

Como dito, a reestruturação organizacional está focada no organograma da empresa, pensando nas hierarquias e funções.

Esse tipo de reestruturação é importante principalmente quando a empresa está perdendo produtividade para burocracias inúteis. Além de que uma relação de trabalho engessada prejudica a satisfação e motivação dos empregados.

Aliás, esse processo possui um forte impacto na cultura organizacional, assim como pode ser dificultada pela cultura atual.

Tecnológica

Para empresas mais antigas é comum vermos projetos de reestruturação tecnológica. Isto é, buscar automatizar e informatizar diversos processos e funções, de modo a ganhar em economia e produtividade.

Por exemplo, o setor de RH pode perceber que o trabalho não está fluindo, muitos erros e problemas acontecendo devido a perda de documentos, cálculo errado ou muita demora para processar demandas básicas, como envio de relatórios.

Assim, ao revisar os processos, empresas buscam soluções como o controle de ponto eletrônico para automatizar e informatizar processos de RH.

Geral

Por fim, o estágio de “Deus nos acuda”. A reestruturação geral é comumente empregada quando a empresa entrou em uma crise profunda que impacta todos os setores. Ainda mais, quando a empresa está sendo ultrapassada pelos concorrentes e está perdendo seu marketshare, podendo ser um sinal da necessidade de uma revisão completa do negócio.

Quais as vantagens?

Como vantagens da reestruturação organizacional podemos destacar:

  • Melhora na comunicação;
  • Simplificação de tarefas e funções;
  • Otimização de processos;
  • Maior agilidade na tomada de decisões;
  • Redução de custos;
  • Maior satisfação e motivação dos colaboradores;
  • Cultura colaborativa entre todos da empresa;
  • Menos burocracias e mais resultados.

Quais as etapas da reestruturação organizacional

Análise da estrutura atual

Primeiramente, a análise do estado atual é fundamental para qualquer processo de reestruturação. 

Assim, almeja-se identificar as fragilidades, problemas e os pontos fortes também do modelo atual.

Identificação e desenvolvimento de lideranças

Esse passo é fundamental, mas muitas empresas deixam passar batido e fracassando por conta disso.

Antes de sair planejando e implementando mudanças, é essencial identificar as lideranças dentro das equipes. Essas pessoas serão peças-chave para o sucesso da reestruturação.

Achar que apenas porque uma pessoa tem título de gerente ele tem a capacidade de motivar as pessoas a fazerem tudo diferente de antes não é suficiente.

Dessa forma, precisamos de uma liderança que seja madura e perceba a necessidade de mudança. Assim, eles serão os catalisadores da mudança.

Planejamento

Agora sim, hora de planejar o que precisa ser feito. Em geral, o mais indicado para fazer a reestruturação da empresa é buscar uma consultoria especializada.

Pois, um consultor possui muito mais experiência e é imparcial quanto ao negócio. Dessa forma, ele será capaz de apontar as falhas com mais clareza, assim como as soluções a serem adotadas.

Aliás, na reestruturação organizacional estamos lidando diretamente com cargos, ou seja pessoas. Nisso muito ego e questões pessoais estarão em jogo, portanto alguém de fora e imparcial pode ser crucial.

Neste passo também deve se estabelecer os indicadores, ou KPIs, que irão demonstrar o progresso das mudanças. Isso será importante para nossa última etapa.

Execução das mudanças e comunicação

Mão na massa! Hora de executar o que foi definido no planejamento e fazer uma campanha intensiva de comunicação e treinamento.

Apesar de muitas pessoas acharem que “treinamento” para reestruturação organizacional não faz sentido, afinal estamos “apenas” mudando o organograma. 

Pelo contrário, é necessário comunicar, “treinar”, como serão os novos processos dentro da empresa, para que os colaboradores saibam com quem falar, para quem eles reportam, quais suas responsabilidades entre outros.

Monitoramento de indicadores

Por fim, os indicadores irão demonstrar o progresso feito com as mudanças. Sempre esperamos que as mudanças causem impactos positivos. Mas, pode acontecer de uma reestruturação organizacional gere ainda mais problemas.

Nesse caso, será necessário avaliar as causas para poder elaborar um novo plano para solucionar os novos problemas.

Enfim, se você está interessado em melhorar seu setor de RH, temos um artigo que mostramos para você 4 maneiras de otimizar o setor!

Posts relacionados

Saiba o que é o ponto britânico, seus problemas e como encontrar alternativas para não
O compliance trabalhista não é apenas uma obrigação legal, mas uma oportunidade de crescimento e
Buddy punching é quando um colaborador registra o ponto de outro. Essa prática é comum em