O absenteísmo pode ter um impacto profundo na dinâmica de uma empresa. Além dos custos diretos relacionados à ausência dos funcionários, há também impactos indiretos, como a sobrecarga dos demais membros da equipe, a queda na qualidade do trabalho e até mesmo um ambiente de trabalho desmotivador.
Na teoria, o absenteísmo no trabalho significa a repetição de atrasos, faltas e saídas antecipadas dos colaboradores. Na prática, quando falamos de controle de absenteísmo, estamos lidando com um dos desafios mais impactantes que as empresas enfrentam.
Isso porque ele não se resume apenas à frequência dos colaboradores, mas também a um contexto complexo que afeta diretamente a produtividade e o bem-estar organizacional.
De acordo com um estudo realizado pela revista Exame, o setor de serviços tem uma taxa média de absenteísmo de 5%. O setor varejista, por sua vez, tem um índice que varia entre 7% e 10%.
Não existe uma faixa numérica perfeita comum a todas as empresas. Por isso, é ainda mais necessário avaliar a realidade de cada organização, seu quadro de funcionários, o volume de ausências e o impacto no trabalho e na saúde financeira da empresa.
Nesse artigo, vamos falar sobre algumas maneiras de fazer o controle de absenteísmo para que você possa tomar a melhor decisão para a sua empresa. Vamos lá?
Vá direto ao ponto!
O que é absenteísmo?
Imagine o absenteísmo como um quebra-cabeça, onde cada peça representa um motivo pelo qual um colaborador pode se ausentar do trabalho. Esses motivos podem variar desde questões de saúde até problemas pessoais ou insatisfação no ambiente de trabalho.
Compreender e abordar cada peça desse quebra-cabeça é essencial para minimizar seus impactos.
Muito além da ausência de um colaborador
Para alcançar o melhor controle de absenteísmo, é importante entender que a ausência de um colaborador não é apenas uma questão de números, mas sim, um reflexo das condições de trabalho, da vida pessoal e do relacionamento entre a empresa e seus colaboradores.
A verdade é que o absenteísmo pode ter um impacto profundo na dinâmica de uma empresa. Além dos custos diretos relacionados à ausência dos funcionários, há também impactos indiretos, como a sobrecarga dos demais membros da equipe, a queda na qualidade do trabalho e até mesmo um ambiente de trabalho desmotivador.
Quais são os tipos de absenteísmo?
Para entender as causas das ausências frequentes, é preciso conhecer os tipos de absenteísmo.
Faltas justificadas
Faltas justificadas são aquelas que o colaborador comunica à empresa e que são aceitas legalmente. Em casos assim, o colaborador informa seu gestor sobre a necessidade de se ausentar, colaborando para que o gestor possa planejar e organizar as atividades durante sua ausência.
Essas faltas podem ocorrer por diversos motivos, entre eles:
- Licença-maternidade ou paternidade;
- Licença nojo, também chamada de licença óbito;
- Licença gala, ou licença casamento;
- Cumprimento de obrigações legais, como votação ou serviço militar, etc.
Esses direitos são garantidos pela lei para que os colaboradores possam se ausentar sem desconto no salário quando necessário.
Outros tipos de falta justificada estão relacionadas ao estado de saúde do colaborador, desde que seja atestado por um médico, entre elas:
- Doenças ou problemas de saúde — Problemas como gripes, resfriados, lesões, condições médicas crônicas ou agudas. Quando o colaborador surge doente com frequência, vale investigar as causas, já que a insalubridade pode ocasionar problemas e seus cuidados estão previstos em lei.
- Depressão, estresse e ansiedade — Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é uma das principais causas do absenteísmo no trabalho. Nesses casos, as empresas devem prestar auxílio necessário ao colaborador, além de promover incentivos de autocuidado na empresa.
Faltas injustificadas
Faltas injustificadas referem-se a ausências no trabalho que não são comunicadas previamente à empresa ou que não são aceitas legalmente. Essas faltas podem ocorrer sem motivo válido ou sem a devida autorização do empregador.
Quando um colaborador falta ao trabalho de forma injustificada, isso pode impactar negativamente a produtividade da equipe e causar problemas de planejamento para o empregador.
Chegadas em atraso e saídas antecipadas durante a jornada de trabalho também podem ser consideradas como faltas injustificadas e devem ser registradas no controle de ponto e descontadas da folha de pagamento.
É importante ressaltar que faltas injustificadas podem resultar em descontos no salário do colaborador ou até mesmo em medidas disciplinares, dependendo das políticas da empresa e das leis trabalhistas locais.
Além disso, uma frequência elevada de faltas injustificadas pode levar a medidas mais severas, como advertências formais ou até mesmo demissão por justa causa.
Para evitar faltas injustificadas, é essencial que os colaboradores estejam cientes das políticas de presença no trabalho da empresa e entendam a importância de comunicar qualquer ausência de forma adequada e dentro dos prazos estabelecidos.
Além disso, o departamento pessoal deve averiguar se a causa das ausências está relacionada ao ambiente de trabalho. Se afirmativo, a empresa pode implementar melhorias, como políticas de apoio ao bem-estar dos colaboradores, para ajudar a reduzir a incidência de faltas injustificadas.
Absenteísmo emocional
O absenteísmo emocional é um fenômeno no ambiente de trabalho em que os colaboradores estão fisicamente presentes, mas emocionalmente ausentes. Isso significa que, embora estejam no local de trabalho, os funcionários podem estar desengajados, desmotivados, ou com dificuldade de concentração devido a questões emocionais.
Esse tipo de absenteísmo pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo estresse no trabalho, conflitos interpessoais, falta de reconhecimento ou suporte por parte da empresa, problemas pessoais que afetam o bem-estar emocional, entre outros.
Quando os colaboradores estão emocionalmente ausentes, isso pode impactar negativamente o clima organizacional, a produtividade e a qualidade do trabalho.
Para lidar com o absenteísmo emocional, as empresas precisam adotar uma abordagem proativa que inclua políticas de apoio ao bem-estar dos colaboradores, programas de gestão de estresse, treinamento em habilidades de comunicação e liderança, e a promoção de uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Além disso, é importante que os gestores estejam atentos aos sinais de absenteísmo emocional e ofereçam suporte e recursos adequados para ajudar os colaboradores a lidar com suas questões emocionais.
Isso pode incluir a oferta de sessões de aconselhamento, flexibilidade no horário de trabalho, ou programas de bem-estar mental e emocional.
Absenteísmo e Turnover: entenda as diferenças
Além do absenteísmo, o turnover é outro termo muito usado no meio corporativo. Apesar de muitos pensarem que se trata de sinônimos, eles têm significados distintos e impactos diferentes nas organizações.
Ambos são indicadores extremamente importantes em empresas de sucesso e exigem atenção para garantir o bem-estar dos colaboradores, a produtividade dos negócios e a retenção de talentos.
Turnover é o nome dado para a taxa de entradas e saídas de funcionários dentro de uma empresa. Em português, turnover é significa rotatividade. Ou seja, a métrica define o número de entradas e saídas de colaboradores em um determinado período.
O turnover pode ser dividido em turnover voluntário, quando o colaborador decide deixar a empresa, e turnover involuntário, quando a saída é motivada pela empresa.
Assim como o absenteísmo, o turnover reflete a satisfação do colaborador em relação à empresa e da empresa em relação ao colaborador.
No ponto de vista do funcionário, taxas elevadas podem indicar problemas como falta de reconhecimento, insatisfação salarial, ambiente de trabalho tóxico ou falta de oportunidades de crescimento profissional. Por parte da empresa, alto turnover pode significar baixa qualificação das pessoas contratadas.
Essa rotatividade elevada resulta em mais custos para a empresa, como gastos com recrutamento, seleção e treinamento de novos funcionários e instabilidade nas operações do dia a dia.
Na prática, o que difere o absenteísmo do turnover é, basicamente, o tempo. No absenteísmo, a taxa é relacionada à ausência temporária de um funcionário. No turnover, é o desligamento permanente do colaborador.
Quando o turnover está alto, a empresa precisa se reestruturar para não correr o risco de perder grandes talentos na equipe.
Por que o absenteísmo é algo prejudicial para a empresa?
Impacto na produtividade
Quando um colaborador falta, as tarefas que ele deveria executar muitas vezes ficam pendentes ou são redistribuídas para outros membros da equipe. Isso acaba sobrecarregando o time e afetando o andamento eficiente das operações, reduzindo a eficiência e a produtividade geral dos colaboradores.
Gastos extras para a empresa
A necessidade de contratar mão de obra temporária ou pagar horas extras para cobrir ausências pode impactar negativamente o orçamento e a rentabilidade da empresa. Além disso, o treinamento de novos funcionários para substituir os ausentes também representa um custo significativo.
Afeta a equipe
O absenteísmo constante pode gerar instabilidade, sobrecarga e desmotivação para os demais colaboradores que estão presentes, já que podem passar a sentir que estão sendo sobrecarregados ou que seus colegas estão evitando responsabilidades. Isso pode levar à insatisfação geral e ao fim do engajamento da equipe.
Cai a qualidade do trabalho
Não há como a qualidade do trabalho se manter elevada quando os funcionários faltam com frequência. A falta de consistência na execução das tarefas pode resultar em erros, retrabalho e, consequentemente, em um serviço ou produto de menor qualidade. O que leva ao seguinte ponto prejudicial do absenteísmo nas empresas.
Reputação da organização
O absenteísmo pode afetar a reputação da empresa perante seus clientes e parceiros. Se os consumidores perceberem que os serviços ou produtos estão sendo afetados devido à falta de colaboradores, interfere na reputação da empresa perante o mercado, influenciando negativamente a percepção externa da organização e fragilizando negócios futuros.
O que fazer para reduzir o absenteísmo?
Reduzir o absenteísmo não é uma tarefa impossível, mas requer comprometimento, estratégia e, acima de tudo, empatia. Vamos te contar algumas dicas práticas e eficazes para ajudar sua empresa a lidar com esse desafio.
1. Faça do ambiente de trabalho como você quer a sua casa
Você deseja um lar acolhedor, leve e organizado, certo? Invista para que o ambiente de trabalho dos seus colaboradores também seja assim. Afinal, todos passam mais tempo no escritório do que em suas próprias casas.
Além disso, crie ferramentas de reconhecimento. Funcionários valorizados são funcionários engajados e participativos.
2. Bem-estar em primeiro lugar
Implemente programas de saúde integrativa que incentivem hábitos saudáveis, atividade física e práticas de mindfulness. E mais: garantir apoio psicológico é fundamental para prevenir o absenteísmo.
3. Se possível, seja flexível
Horários de trabalho flexíveis, trabalho híbrido ou totalmente remoto, folga de aniversário — todas essas medidas são detalhes que impactam muito na relação do funcionário com a empresa.
4. Invista no desenvolvimento profissional da equipe
Incentive a educação, promova treinamentos, implemente profissionalização dos colaboradores. Quando a empresa faz a diferença na vida do colaborador, ele retribui fazendo a diferença nos negócios da empresa.
Como fazer controle de absenteísmo?
O primeiro passo para fazer o controle de absenteísmo é identificar como anda essa taxa na sua empresa. Para isso, existe um cálculo simples:
1. Defina o período de análise
Defina o período de análise que você deseja avaliar. Pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual.
2. Colete de dados
Reúna informações sobre as faltas dos colaboradores durante o período escolhido. Registre as faltas justificadas e não justificadas.
3. Aplique os dados à fórmula do absenteísmo
Utilize a seguinte fórmula para calcular o índice de absenteísmo:
Por exemplo, se um funcionário faltou 10 dias em um mês e trabalhou 20 dias:
Com o índice de absenteísmo em mãos, é preciso investigar os motivos das ausências e o impacto das faltas em cada departamento da empresa.
A partir disso, é de suma importância desenvolver um plano de melhorias com as ações mencionadas neste artigo.
Entretanto, fazer toda essa análise de forma manual, também impacta negativamente a empresa. O tempo gasto para fazer todas essas contas pode ser investido na gestão das pessoas e do ambiente corporativo.
Para ter total controle sobre métricas como controle de absenteísmo na sua empresa, é fundamental contar com a tecnologia. Pessoas cuidam de pessoas, máquinas cuidam de números. Os dois, juntos, são imbatíveis.
Como a TWO ajuda a sua empresa no controle de absenteísmo?
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Com nossa plataforma intuitiva e de fácil utilização, você pode gerenciar eficientemente a presença dos colaboradores, reduzindo o impacto do absenteísmo nas operações e no desempenho da equipe.
Nosso sistema permite que você registre e acompanhe as horas trabalhadas de forma precisa, identificando facilmente faltas justificadas, faltas injustificadas e outras formas de ausências.
Com funcionalidades avançadas de relatórios e análises, você pode visualizar dados detalhados sobre o absenteísmo, identificar padrões de comportamento e tomar medidas corretivas quando necessário.
Além disso, a TWO facilita a comunicação entre gestores e colaboradores, permitindo que eles registrem e solicitem ausências de forma rápida e transparente. Nossa plataforma também oferece recursos para o gerenciamento de políticas de presença, incluindo o controle de horas extras, banco de horas, e outras regras específicas da empresa.
Com a TWO, sua empresa pode automatizar processos de controle de ponto, reduzindo o tempo e os custos associados à gestão de presença. Nossa equipe de suporte está sempre disponível para ajudar a resolver dúvidas e oferecer orientações sobre como aproveitar ao máximo nossa plataforma.
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